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O tempo está bom, o céu está azul

Cartões postais são representações idealizadas de paisagens; e sempre construíram imaginários sobre viajar e pra onde se desejaria ir. Eles carregam uma linguagem visual peculiar e, assim, padronizam a forma de ver as singularidades dos lugares. 

Em O tempo está bom, o céu está azul resgato esses cartões que me levaram por caminhos adormecidos na memória. Alguns me encantaram pelas mensagens e textos escritos, ou por trazerem lugares já muito modificados pela ação do tempo e do homem. Passei a procurar encaixes e conexões nas paisagens, descobrindo que era possível conectá-las e, assim, criar outros lugares. Esse processo evoca o que acontece com nossa memória, que nos leva por lugares que supomos (re)conhecer, mas constantemente transformados no nosso universo mental particular

Quando as Cataratas do Iguaçu escoam num lago em Araxá, Minas Gerais, desconfiamos que o mundo pode se conectar além das nossas percepções. Desconfiamos que as viagens em diferentes tempos, afetos e espaços podem realmente ser infinitas e idílicas.

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